Divulgação: AquaBrasilis
Em casas, os custos da aplicação de um sistema de reuso da água são altos, pois não podem ser divididos entre diversos moradores. Mas, tecnicamente, é possível instalar a tecnologia em residências. Procure sempre pessoal especializado
Existem diversas formas de economizar água. As mais conhecidas são reduzir o consumo e aproveitar a água da chuva. Mas também é possível aplicar tecnologias para tratar a água do chuveiro, da pia do banheiro e da lavagem de roupas e reutilizá-la no jardim e na limpeza de calçadas e carros. Trata-se da água de reuso, mais usada em empreendimentos comerciais ou condomínios.
Como ainda envolve custos elevados (a despesa com instalação gira em torno de R$ 20 mil) e exige manutenção feita por empresa especializada, a tecnologia é mais recomendada para edifícios ou conjuntos habitacionais, principalmente os que têm área comum grande, onde o sistema de tratamento possa ser construído sem atrapalhar os moradores. Além disso, nos prédios, o custo da instalação dos equipamentos é diluído entre as diversas unidades e cabe melhor no bolso.
A água de reuso permite economizar de 30% a 40% no consumo mensal, diz Sybille Muller, diretora da AcquaBrasilis, empresa pioneira da aplicação dessa tecnologia no Brasil. Segundo ela, o mecanismo tem ganhado novos adeptos, principalmente nos últimos dois anos, devido a um aumento da consciência ambiental e também do preço da água.
O sistema não aproveita a água usada em privadas e na pia da cozinha — essa vai diretamente para o esgoto comum, como acontece em qualquer imóvel. Já o chuveiro, o tanque de lavar roupa e as pias de banheiros são direcionados a um sistema de tratamento dos resíduos (o líquido sujo gerada neles é chamado de água cinza).
No caso da tecnologia usada pela AcquaBrasilis, uma gelatina natural composta por bactérias decompõe a matéria orgânica em até oito horas. Depois disso, o material passa por um tanque de decantação, onde recebe cloro e uma tinta azul, que ajuda a diferenciar a água de reuso da potável.
Cuidados
O engenheiro sanitarista e diretor técnico do Portal Tratamento de Água, Eduardo Pacheco, diz que a água de reuso exige cuidados muito complexos, que só devem ser realizados por empresas qualificadas. “Existe uma infinidade de contaminações que podem acontecer”, diz.
Na opinião dele, a primeira preocupação deve ser com a saúde pública, somente depois se deve pensar na sustentabilidade. “A pessoa não pode esquecer que está mexendo com produtos perigosos. Só de armazenar é um risco. Outro risco é tratar a água inadequadamente”. Por isso, o trabalho precisa ser feito apenas por pessoal habilitado.
Em geral, os condomínios que recorrem à água de reuso também aplicam outras tecnologias verdes, diz Sybille, e têm um projeto de sustentabilidade amplo, acompanhado por profissionais especializados. São empreendimentos novos, que já nascem com características sustentáveis. No entanto, a economia em contas de consumo no longo prazo pode compensar o investimento.
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